Essa dá para responder bem resumidamente: as auroras, sejam elas boreais ou austrais, podem ser vistas apenas próximas dos círculos polares (ou polos). Como o Brasil não está perto de nenhum deles, não conseguimos ver auroras por aqui.
Agora, vamos à explicação sobre esse fenômeno que encanta muitas pessoas por aí! Bom, já dissemos que a aurora pode ser boreal ou austral. Ela é boreal se ocorre no círculo polar ártico (polo Norte) e é austral quando acontece no círculo polar antártico (polo Sul). Assim, mesmo se o Brasil estivesse mais perto do polo Sul, não veríamos auroras boreais, mas auroras austrais.
Mas, como elas se formam? As auroras estão associadas ao campo magnético da Terra e aos chamados ventos solares. Além de emitir luminosidade, o Sol emite partículas eletricamente carregadas (positivas ou negativas) para todo o Sistema Solar. Essas partículas interagem com a magnetosfera terrestre e vão espiralando em torno das linhas de campo magnético, sendo conduzidas, dependendo da carga, para o polo Norte ou para o polo Sul. Ao atingir a atmosfera, em uma altitude que pode variar de 100 a 300 km, essas partículas chocam-se com as moléculas do ar atmosférico, liberando energia em forma de luz.
Assim, o espetáculo colorido visto próximo aos polos é essa energia em forma de luz.
Contribuiu para a postagem o professor Gentil Bruscato, responsável pelo Laboratório de Física e pelo Clube de Astronomia do Colégio Farroupilha.