Os perigos do uso de cigarros eletrônicos e outras substâncias na adolescência foi o tema do primeiro encontro do programa Cuidar é Básico em 2023. Na noite de terça-feira, o psiquiatra da Infância e Adolescência, Thiago Pianca, e o advogado, Luciano Escobar, conversaram com as famílias e educadores sobre o assunto.
Em sua fala, Pianca contextualizou sobre a evolução dos cigarros eletrônicos, dispositivos operados por bateria que convertem líquido em aerosol, que é inalado para os pulmões do usuário. Desde que foram criados, em 2003, tais produtos passaram por diversas gerações, desde descartáveis a produtos recarregáveis com refis. Abordou, ainda, alguns mitos e verdades que circulam em relação às consequências do consumo para a saúde.
Já o advogado, Luciano Escobar, falou sobre os aspectos legais que envolvem o consumo dos dispositivos, com o alerta de que a comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar são proibidas no Brasil.
Bate-papo com os estudantes
Os especialistas também abordaram o assunto com estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental – Anos Finais à 3ª série do Ensino Médio. Com as turmas de Anos Finais, a conversa foi realizada no mês de março e com o Ensino Médio na manhã de 5 de abril.
Durante a fala, Thiago Pianca destacou que os cigarros eletrônicos não são inofensivos, que as consequências para a saúde da população ainda são desconhecidas e que, assim como outras drogas, pode ser fácil iniciar o consumo, mas é bastante difícil parar.
Luciano Escobar, além de abordar os aspectos legais sobre o consumo do cigarro eletrônico, tratou das estratégias utilizadas pela indústria dos vapes para atrair os adolescentes e aconselhou os estudantes a não experimentarem o produto, pois, assim como outras drogas, têm potencial de gerar vícios.